Arquivo | junho, 2012

A INTERSETORIALIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL

28 jun

A INTERSETORIALIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL

Educação Integral e a transversalidade das políticas públicas

O tema “Educação Integral”, durante muito tempo, permaneceu fora do debate nacional pelo entendimento de que seria necessário dobrar a estrutura das escolas para que as mesmas pudessem oferecer atividades complementares para seus alunos no contra turno escolar. No entanto, cresce o movimento que entende não ser esta a única possibilidade para a implantação de programas de Educação Integral. A escola, nesta concepção, não executa sozinha todo o programa, mas se articula com outros atores sociais na ampliação de tempos,  espaços e oportunidades para os alunos nela matriculados.

Essa ampliação do campo da educação propõe ao administrador público um desafio para o planejamento de políticas públicas de educação. Novos sujeitos ganham legitimidade para propor políticas públicas de educação que se complementam, uma vez que as diversas linguagens são reconhecidas como parte de um mesmo processo de construção do conhecimento.

As políticas públicas de educação são hoje encontradas nas políticas públicas de esporte educacional, de educação e cultura, de educação ambiental, de inclusão digital, de educação profissional, de educação em saúde, de Juventude, entre outras. Reconhecer essas políticas públicas como parte de um programa integrado de Educação Integral pressupõe comungar do

conceito de Educação Integral aqui trabalhado. Articular esses processos em projetos políticopedagógicos dos territórios permite que os mesmos sejam incorporados de forma intencional e planejada à trajetória educativa de cada indivíduo. Isto porque as políticas públicas setoriais são sempre pensadas de forma fragmentada, provocando sobreposição de ações entre diversos

programas e projetos e provocando baixa eficácia nas ações.

Embora óbvia, a lógica de trabalho aqui proposta não é simples e não se desenvolve de forma natural. As estruturas hierarquizadas da Administração precisam ser provocadas a uma nova forma de planejamento e gestão, em que cada Secretaria mantém sua autonomia, mas trabalha de forma articulada com as demais em Comitês Gestores intersetoriais. Estruturas de trabalho mais horizontais permitem o estabelecimento de novos diálogos e conexões, aproximando programas e percebendo o indivíduo na sua complexidade e não de forma parcial.

Não bastasse o desafio de integrar as políticas públicas setoriais em um plano de Educação Integral, a territorialização propõe, ainda, que cada política pública seja articulada aos atores sociais locais que atuam em dado território. É a partir desses conhecimentos, saberes, potenciais e dificuldades locais que deverão ser implementadas as políticas públicas. Ou seja, respondendo em cada território às demandas concretas ali apresentadas e se articulando aos

demais atores sociais locais.

Esse processo inverte a lógica de planejamento de políticas públicas. Cabe aos atores sociais locais a construção das estratégias específicas de desenvolvimento das mesmas, reconhecendo e incorporando os saberes locais e potencializando a rede de Educação Integral local.

Instaura-se, assim, um processo de radicalização democrática que reconhece os atores sociais como agentes protagonistas do processo educativo local, devendo o poder público apoiar o desenvolvimento dos mesmos.

A política pública passa a ser construída de baixo para cima, fazendo sentido em cada território em que se desenvolve e se reconhecendo como parte de um processo complexo. Não se trata de simples reunião ou soma de oportunidades educativas locais que são organizadas para serem acessadas pelos atores sociais, mas da compreensão de que essas oportunidades devem ser percebidas como parte de um todo maior e, portanto, precisam ser permeáveis

umas pelas outras, construindo em cada território um conjunto diferenciado, onde se percebe a diversidade dos atores, linguagens e oportunidades educativas existentes, mas onde as mesmas não podem mais ser percebidas individualmente sem que fique evidente sua incompletude. O conjunto percebido, diverso e complexo, impede que cada parte se afirme por si só. Os programas educativos desenvolvidos naquele território passam a não mais fazer sentido se não como parte do projeto educativo local, ficando clara sua necessidade de complementação, sua busca pela integralidade – integralidade da educação, porque reconhece os sujeitos do processo de aprendizagem como integrais.

 

 

Maria Antônia Goulart

Salto para o futuro – Educação Integral

Ano XVIII boletim 13 – Agosto 2008

Festa Junina – Educação Infantil

27 jun

No dia 22, a Educação Infantil realizou a Festa Junina nas dependências da escola. A equipe diretiva agradece a todos que colaboraram com com esse momento de descontração e alegria como  os professores,  funcionários e os estudantes. Os alunos  fizeram bandeirinhas, balões, apresentaram a  quadrilha, aprendendo assim a valorizar o espírito de equipe. Eles participaram das brincadeiras e danças propostas. Parabéns aos educandos pela festa realizada.

Proinfo – PROUCA

26 jun

Reunião realizada com os professores da escola sobre o Programa de um Computador por Aluno, com a equipe do NTM (Núcleo Tecnológico Municipal), que apresentou aos professores os novos NETs, que farão parte do dia-a-dia dos estudantes.

Momento de estudo

26 jun

O aluno Kevin estava na biblioteca, quando foi registrado seu momento de estudo.

Acompanhado das bibliotecárias Lourdes e Tereza.

Ensaio da quadrilha para a festa junina turma 11 e 12

26 jun

Os professores: Juceline (teatro)  e Guilherme (psicomotricidade) reuniram as turmas do 1º ano para ensaio geral para a festa junina.

Aula de informática – Senac

25 jun

Os alunos do 2º ano estavam trabalhando com o processador de texto.

Acompanhados pela professora Mariselha.

Horário do meio-dia

25 jun

Alunos do 1º e 2º anos descansando no intervalo do meio-dia.

Jogos e brincadeiras

25 jun

Jogo – Casinha do João e Maria, consiste em acertar o máximo de vezes a bolinha feita de papel dentro da casinha. Informática – Jogos matemáticos, adição e subtração. Turma 33.

Educação em Tempo Integral

20 jun

POR QUE EDUCAÇÃO INTEGRAL NO CONTEXTO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO?

Uma análise das desigualdades sociais, que relacione tanto os problemas de distribuição de renda quanto os contextos de privação de liberdades, é requerida para a construção da proposta de Educação Integral. Essa construção, no Brasil, é contemporânea aos esforços do Estado para ofertar políticas redistributivas de combate à pobreza. Nessa perspectiva, faz-se necessário um quadro conceitual mais amplo para que a pactuação de uma agenda pela qualidade da educação considere o valor das diferenças, segundo o pertencimento étnico, a consciência de gênero, a orientação sexual, as idades e as origens geográficas. Vale destacar, nesse quadro, a influência dos processos de globalização, as mudanças no mundo do trabalho, as transformações técnico-científicas e as mudanças sócio-ambientais globais, dentre outras, que impõem novos desafios às políticas públicas, em geral e, em particular, às políticas educacionais, principalmente em países emergentes como o Brasil.

Para a consolidação de políticas públicas efetivas de inclusão social, são necessários diagnósticos sociais bem construídos, implicados em sistema de monitoramento de indicadores gerais, conforme destaca Paes de Barros et al. (2006a, 2006b). Hoje, nas áreas sociais, incluindo-se a educação, o Brasil dispõe de informações consistentes, coletadas e analisadas por órgãos reconhecidos, como o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), para citar alguns. Especificamente no campo da educação, contamos com indicadores e dados expressos pelo Censo Escolar, pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

Em 2006, em uma escala de 0 a 10, o IDEB identificou sistemas de ensino com índices que variavam de 1,8 a 6,0 e escolas que variavam de 0,7 a 8,5. Essa discrepância revela profundas desigualdades nas condições de acesso, permanência e aprendizagem na educação escolar, refletindo a complexidade de um processo em que se entrelaçam diversos fatores relativos tanto à estruturação social, política e econômica da sociedade brasileira, quanto ao trabalho pedagógico realizado no cotidiano por professores e demais profissionais nas escolas públicas.

É importante assumir que a situação de vulnerabilidade e risco social, embora não seja determinante, pode contribuir para o baixo rendimento escolar, para a defasagem idade/série e, em última instância, para a reprovação e a evasão escolares. Há estudos que permitem identificar forte correlação entre situação de pobreza, distorção idade/série e dificuldades para a permanência na escola, violência e risco social, o que acaba contribuindo para a perpetuação de ciclos intergeracionais de pobreza (Henriques, 2001). Não se trata aqui de criminalizar ou patologizar a pobreza, mas de construir soluções políticas e pedagógicas criativas e conseqüentes para o combate às desigualdades sociais e para a promoção da inclusão educacional.

Pode-se dizer que as desigualdades também têm suas bases nas possibilidades de acesso e na qualidade da permanência das crianças e dos adolescentes nos sistemas públicos de ensino. No país, a crescente expansão da oferta de vagas na escola pública não foi acompanhada das condições necessárias para garantir a qualidade da educação. Coexistem, até hoje, problemas como degradação do espaço físico, aumento de turnos e de número de alunos por turma, descontinuidade das políticas públicas e a disseminação de múltiplas tendências pedagógicas sem a preocupação com sua sustentabilidade teórico-metodológica vinculada à formação inicial e continuada de professores. Destaca-se, desse modo, a necessidade de horas destinadas à formação, integradas ao turno de trabalho dos profissionais da educação3. Nesse sentido, muito embora a ampliação do acesso à escola tenha sido uma conquista – atualmente 97,3% das crianças e adolescentes de 7 a 14 anos estão matriculadas na escola pública – a proporção de estudantes que concluem o Ensino Fundamental é muito baixa.

Série Mais Educação Educação Integral

TEXTO REFERÊNCIA PARA O DEBATE NACIONAL

Ministério da Educação

Brasília 2009

Aula de rádio

19 jun

O professor André, em sua aula de rádio, conduziu os alunos a entrevistarem professores e funcionários sobre a educação integral na escola, usando um gravador digital com microfone externo.